Maturidade informacional como fator crítico de sucesso (FCS) em segurança estratégica?

A explosão do uso da internet diluiu as barreiras geográficas existentes entre as corporações permitindo o desenvolvimento de novas estratégias e modelos de negócios viabilizados pela comunicação digital, criando um processo de globalização econômica e dando lugar a um ambiente de negócios baseado na informação e no conhecimento.

Dessa forma, nessa nova realidade, a força das empresas não está mais firmada na produção de bens, mas sim no capital intelectual que se tornou fator crítico de sucesso (FCS) para os novos modelos econômicos criados com base na tecnologia. Como marca dessa nova era, está a reinvenção dos fluxos produtivos e criação de novos canais mundiais de distribuição de produtos e serviços por meio do e-commerce.

Diante desse cenário, não apenas a estratégia da informação se tornou crucial, mas a proteção do conhecimento também, haja vista a necessidade de salvaguarda de interesses econômicos relacionados com questões de competitividade. Sendo assim, o gestor da tecnologia se transformou em gestor da informação, ou executivo-chefe de informação, também conhecido como CIO (Chief Information Officer), sendo de sua responsabilidade, o desenvolvimento de meios voltados para garantir a obtenção, a organização, o acesso, a preservação e a proteção das informações corporativas.

Portanto, como parte desse processo, é impossível excluir a atividade de Inteligência dessa evolução, tendo em vista que sua eficiência também irá depender do uso das TICs (tecnologias da informação e comunicação). Por isso, uma base sólida em gestão da informação e gestão do conhecimento são cruciais em um projeto de IC (Inteligência Competitiva), e o grau de maturidade informacional da empresa, fundamental. Não obstante, como principal linha de defesa dos interesses corporativos, a segurança empresarial não se afasta muito desse fato, considerando sua intima ligação com a IC.