Qual é o papel das operações psicológicas e da propaganda nos conflitos armados?
- bragaluis855
- 21 de out.
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O que leva um combatente às trincheiras é a sua crença em valores políticos ou transcendentais que se sobrepõem aos sacrifícios oriundos da guerra, como a saúde (inclusive mental), a liberdade, a comodidade e até a própria vida. Logo, o papel das operações psicológicas (PsyOps) durante um conflito é simples: construir, destruir ou subverter os imaginários que legitimam as ações, sobretudo altruístas, de inimigos e aliados.
Dessa forma, considerando que o sacrifício é um ato de pessoas que creem em valores maiores, é dever das operações psicológicas trabalhar para destruir o imaginário político ou transcendental do inimigo, enquanto cria o dos aliados. Por isso, enquanto o inimigo tentará minar a moral da tropa desfazendo valores como soberania, amor à pátria e até religião visando incutir nele o medo de se sacrificar em vão, os aliados tentarão criar imaginários para justificar os sacrifícios necessário à guerra. Em contrapartida, a modificação do imaginário é necessária quando se deseja a subversão do status quo, voltando o povo contra o governo.
Sob essa ótica, tendo em conta que o papel das operações psicológicas na guerra é atuar nos imaginários que formulam o mundo e legitimam sacrifícios por um bem maior, existem três tipos: a PsyOps destrutiva que intenta a dissolução de imaginários; a PsyOps construtiva que visa a construção, e a PsyOps subversiva que objetiva modificar o imaginário dos alvos.
Portanto, é necessário ter em mente que a guerra de 4° geração travada internamente entre os Estados e as forças irregulares, como grupos extremistas e narcotraficantes, não pode abrir mão desse recurso visando enfraquecer o poder dos criminosos, subvertendo seus adeptos, dissuadindo suas ações, bem como minando a crença deles na recompensa pelos seus atos. Além disso, se faz necessário trabalhar a motivação do profissional de segurança.




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