Quais são os cuidados que você deve tomar na hora de terceirizar a segurança?

Considerando que parte das atividade de segurança como vigilância patrimonial, portaria e monitoramento eletrônico são comumente terceirizadas, a atenção da empresa deve ser redobrada, tendo em vista que não é possível garantir controles de qualidade, treinamento e desenvolvimento adequado das prestadoras de serviço, sendo fundamental exigir e definir contratualmente, obrigações e penalidades visando evitar comprometer negativamente a qualidade do sistema de segurança empresarial.

Dessa forma, terceirizar qualquer função já é uma decisão difícil, e mais ainda quando se trata de uma atividade tão sensível quanto a segurança privada. Por isso, potenciais prestadores de serviço deverão apresentar informações, bem como as documentações necessárias para que se possa avaliar fatores como: sua conformidade com as normas e as legislações vigentes, seu tempo de mercado, sua experiência no ramo, sua saúde financeira, além das garantias de privacidade oferecidas.

Outros pontos que costumam passar despercebidos, são as questões relacionadas com a gestão dos recursos humanos, especialmente em relação às políticas de treinamento e desenvolvimento; remuneração e processos recrutamento e seleção, pois diferenças salariais muito grandes, acompanhadas de perfis inadequados ao trabalho, podem criar ambientes propícios para o aparecimento de fraudes e conflitos internos.

Ademais, colaboradores desqualificados podem expor a companhia a falhas humanas e tragédias se levarmos em conta o emprego de armas de fogo.

Não obstante, também se deve examinar a capacidade do prestador de serviços para suportar plataformas tecnológicas, bem como as possíveis demandas futuras da sua empresa. Assim, é imperioso considerar a flexibilidade contratual, tendo em vista que a matriz de riscos operacionais exige atualização constante de acordo com as mudanças ambientais internas e externas.

Para concluir, dependendo do contexto da companhia e saúde financeira da mesma, estabelecer um departamento orgânico de segurança pode ser a melhor solução, desde que a organização possa arcar com os custos e as exigências determinadas em lei, pois isso garante pleno controle de qualidade no desempenho profissional e igualdade de condições de trabalho.