Por que o vigilante precisa conhecer os primeiros procedimentos de intervenção em crises policiais?

Enquanto a crise institucional se caracteriza por um evento catastrófico capaz de causar danos e perdas severas ao negócio, a crise policial possui características especificas que precisam ser compreendidas pelo profissional de segurança privada a fim de que ele possa contribuir com os procedimentos de primeira intervenção em crises (PIC) antes da chegada da força policial. Dessa forma, entende-se por crise policial, qualquer evento crítico que apresente os seguintes atributos: compreensão de tempo (urgência), imprevisibilidade e ameaça a vida.

Nesse sentido, além de ter na ameaça à vida o núcleo central para a sua compreensão, a crise policial é imprevisível e exige que a postura adotada seja decidida em um curto espaço de tempo. Assim, todos os agentes de segurança, inclusive privada, devem conhecer as primeiras medidas necessárias para facilitar esse processo ao se depararem com um evento crítico, objetivando minimizar os riscos de agravamento da situação antes que a PM chegue ao local. Lembrando que essas etapas não precisam ser seguidas em ordem. Confira agora cada parte dos procedimentos de primeira intervenção:

1. Identificar o ponto crítico.

2. Conter a crise de modo a não permitir que ela se alastre.

3. Tentar isolar o ponto crítico por completo visando impedir que o causador do evento (CEC) faça contato com o mundo exterior e vice-versa, dando início aos perímetros de segurança.

4. Se for inevitável estabelecer contato, não fazer concessões antes da chegada do negociador.

5. Solicitar apoio da área.

6. Coletar informações acerca de reféns, vitimas, armas, bem como detalhes do ambiente operacional.

7. Permanecer em local seguro.

8. Manter terceiros afastados, como imprensa, familiares e curiosos.

Portanto, há ainda procedimentos voltados para as primeiras intervenções em crises com explosivos, entretanto eles serão tema de outra postagem. De todo modo, tais procedimentos são fundamentais para mitigar os riscos, sobretudo o agravamento do evento, sendo de suma importância para o processo de gerenciamento posterior que se dará pela tropa de operações especiais da polícia militar.