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Por que não existe segurança perfeita?

  • bragaluis855
  • 30 de set.
  • 2 min de leitura

O papel da segurança não é te fazer temer os riscos e as ameaças, mas sim te tornar consciente deles visando o desenvolvimento de abordagens criativas que permitam a precisão no alcance dos seus objetivos, seja através da exploração das oportunidades ou controle das possíveis interferências negativas, perdas e danos associadas às incertezas. É comum no entanto, relacionarmos essa atividade com o excesso de medidas e contramedidas prejudiciais a livre marcha das tarefas.


Contudo, fica mais fácil entender os processos de gerenciamento de riscos quando compreendemos a lógica por trás deles. A título de exemplo, quem deseja evitar ser assaltado na rua deverá tomar providências para REDUZIR as chances de roubo e furto, seja por meio da escolha de trajetos seguros ou remoção de itens e adornos corporais que atraiam a atenção de criminosos visando chegar ao seu destino em segurança. Porém, para isso, o indivíduo poderá ter que abrir mão de alguns cuidados e ainda estar consciente dos riscos residuais decorrentes da ação. Entretanto, a única forma de ELIMINAR o risco de ser surpreendido por um bandido fora de casa, é se abster de sair. Em outras palavras, extinguir um risco significa colocar a necessidade da proteção acima do cumprimento de um objetivo.


Nesse sentido, um erro ao se analisar casos criminais nessa perspectiva, é atribuir a eficácia de um sistema de segurança ao número de ocorrências, pois não é possível julgar o sucesso de um plano sem conhecer o histórico de incidentes anteriores. Isso ocorre pois, como vimos, não podemos eliminar um risco preservando o processo que o origina. Portanto, não existe sistema perfeito livre de crimes, mas sim um sistema que mantenha os riscos em níveis TOLERÁVEIS, conciliando a operacionalidade do processo com as restrições impostas pelas medidas de proteção. Assim, independente do aparato de segurança, os perigos ainda poderão se materializar, contudo em menor frequência e serão contingenciados, reduzindo os danos, as perdas, e permitindo um retorno mais rápido ao estado anterior normal.


Em suma, não tem como avaliar uma estrutura de segurança de uma forma puramente qualitativa, se baseando no registro de uma única ocorrência, sendo necessário estimar estatisticamente quantas foram evitadas através de projeções baseadas principalmente nos índices anteriores.

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