Por que a parte invisível da estrutura de segurança pessoal privada é a mais importante?
- bragaluis855
- 29 de set.
- 2 min de leitura
Apontar falhas nos esquemas de segurança pessoal privada é simples para quem domina o assunto, tendo em vista que se trata de uma série de técnicas, conceitos e entendimentos já consagrados e empregados por diversos serviços de proteção executiva e de autorizadas espalhados pelo mundo, como o Shin-Bet Israelense, o VIPPU Chinês e o Serviço Secreto Estadunidense. No Brasil, essa função é desempenhada por muitos órgão de segurança pública e empresas de segurança privada quando autorizadas pela polícia federal. Aliás, os vigilantes (agentes de segurança privada) direcionados para esse tipo de atividade devem possuir curso de extensão especifico.
Nesse cenário, o recente caso envolvendo o assassinato do influenciador e ativista político, Charlie Kirk, em uma Universidade dos EUA, abriu diversas questões em relação ao tema, e não é para menos, considerando que estava evidente a necessidade de monitoramento dos pontos elevados de tiro, seja através de equipes fixas instaladas nos prédios em questão ou drones sobrevoando os telhados, levando em consideração o alto índice de terrorismo doméstico e ataques a instituições de ensino do país, além do cenário político inflamado e acesso facilitado a fuzis e carabinas semiautomáticas de grosso calibre, abrindo a possibilidade para tiros a longas distâncias.
Assim, o risco de assassinato seria considerado no mínimo alto se tais fatores fossem somados aos focos de antagonismo, vide os temas que o protegido defendia. Outro fator importante que não poderia ficar de fora em uma análise de situação, é o atentado perpetrado contra o até então candidato a presidência dos EUA, Donald Trump, em 2024.
Com isso em mente, fica evidente que a parte exposta da estrutura de segurança pessoal abrange apenas a ponta de um iceberg, que inclui submerso, uma gama extensa de funções de planejamento, estratégia e Inteligência, abarcando a necessidade de uma grande variedade de equipes especializadas longe das vistas do público, além daquelas incumbidas pela proteção aproximada, que podem conter profissionais encarregados por atividades precursoras, veladas e de vistoria.
Sendo assim, a análise de situação, se trata de um esforço mental alicerçado por sólidas informações de Inteligência relacionadas com os focos de antagonismo que possam se converter em ameaças ao protegido, além da sua atual projeção em um contexto sócio-político-econômico, tentando antever quem ou quais grupos poderiam atentar contra a vida do assegurado.
Em resumo, a segurança pessoal de executivos e autoridades incorpora além do exame do contexto em torno do VIP, a produção de conhecimento de Inteligência, que compreende o levantamento das capacidades, modus operandi e motivações das ameaças em potencial visando planejar um conjuntos de medidas e contramedidas de segurança e planos de contingência voltados para a salvaguarda da integridade física ou psicológica do alvo da ação. Sem tais expedientes, todos os esforços são executados às cegas, deixando a missão de proteção à mercê das incertezas, sobretudo externas e difíceis de controlar.




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