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Por que a favela é só a ponta do iceberg do crime organizado?

  • bragaluis855
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Das tríades Chinesas aos cartéis Mexicanos ou Colombianos, todas as organizações criminosas compartilham características em comum: praticas criminosas diversificadas e organizadas com especialização ao longo dos anos. Portam-se ainda como verdadeiros Estados paralelos detentores de estatutos, hinos e bandeiras, além de lideranças e territórios, possuindo também um povo, fontes de receitas internas e externas levantadas por meio de contribuições, taxas e extorsões, bem como empresas de fachada.


Dessa forma, as organizações criminosas se valem da inação dos Estados legitimamente constituídos que faltam no exercício dos seus deveres em relação à segurança pública, assistência social, educação e saúde, para ocuparem essa lacuna vazia e usufruir livremente das leis econômicas de oferta e procura na prestação dos seus produtos e serviços ilícitos. Nesse sentido, o combate carece de políticas públicas de segurança preventivas de longo prazo, alicerçadas em conhecimentos estratégicos de Inteligência e focadas nas raízes dos problemas sociais e econômicos, além de investimentos em meios de produção de provas (investigação).


Aliás, no que tange ao potencial de prejuízo que uma investigação criminal tem no desmantelamento de facções, considerando a extensão das práticas delitivas que sustentam financeiramente as suas ações, acompanhe o leque de opções das orcrins: tráfico de drogas e armas; exploração de jogos de azar e crimes cibernéticos; prostituição (incluindo exploração infanto-juvenil); fraudes com cartões de crédito e em licitações; pirataria; financiamento de campanhas eleitorais; lavagem de dinheiro, corrupção e muitos outros. Ainda em relação ao tráfico de drogas e outros delitos, o Brasil se destaca por meio da constatação de conexões internacionais sólidas, sobretudo na américa do Sul, entre as nossas organizações criminosas e o Paraguai, se conectando inclusive com a máfia Italiana e se expandindo para outras regiões do globo.


Portanto, pressões políticas e midiáticas acabam por criar um sentimento imediatista na população quando o foco deveria ser tanto no cumprimento dos deveres primários do Estado em relação a prestação de serviços básicos, quanto no desabastecimento financeiro e no desmantelamento dos núcleos-chave das organizações criminosas através de um planejamento de médio e longo prazo, sustentado em estruturas altamente qualificadas de investigação criminal que orientem processos de produção de provas, evitando muitas operações policiais reativas que ceifam vidas, inclusive de agentes da lei.

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