Entenda porque a sabotagem empresarial não é coisa de filme.

A sabotagem remete aos filmes de espionagem, contudo ela não está tão longe assim da realidade no que tange aos riscos de segurança empresarial. Isso ocorre pois de todos os métodos subversivos que podem ser usados contra um alvo, ela é a mais eficiente e silenciosa. Dessa forma, há muitos meios de sabotar uma companhia, seja através do fogo, dos agentes químicos e biológicos ou dos artefatos explosivos. Entretanto, a forma mais comum de sabotagem ainda é a psicológica voltada para a redução da produtividade que ocorre através de atitudes intencionais de ignorância, equivoco e falta de cooperação.

Nesse sentido, diferente do que muitos imaginam, o sabotador não precisa ser um agente infiltrado treinado para instalar sorrateiramente malwares nos computadores ou mesmo paralisar uma linha de produção através da destruição de equipamentos, mas sim um individuo dado ao "corpo mole" no ambiente de trabalho, que toma decisões intencionalmente equivocadas ou faz vista grossa para procedimentos de segurança ou manutenção preventiva visando causar acidentes e baixa produtividade. Outro artificio bastante comum é a divulgação de boatos visando lançar desconfianças infundadas sobre a alta administração.

Portanto, é necessário ir além dos processos de contrassabotagem, pois uma simples varredura ou inspeção em busca de artefatos explosivos ou controles de centrais elétricas, bem como gás e agua, nunca substituirá a atenção devida aos procedimentos de gestão estratégica de pessoas, tendo em vista que a manutenção de um ambiente laboral saldável que mantenha os funcionários motivados e comprometidos com a missão da empresa também é de suma importância para evitar que eles desenvolvam rancor contra a companhia e até colaborem com elementos adversos a fim de prejudicá-la.