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Entenda a técnica de disfarce utilizada pelos investigadores.

  • bragaluis855
  • 14 de ago.
  • 2 min de leitura

A técnica de disfarce está no escopo da estória-cobertura e serve como forma de dissimular tanto a aparência quanto a identidade dos agentes de inteligência ou investigadores, bem como as instalações e organizações de fachada empregadas na ação sigilosa. O intuito dela é proteger o pessoal envolvido e o órgão patrocinador da operação enquanto se busca dados negados. Sua elaboração exige ações de reconhecimento prévias devido a necessidade de se tomar conhecimento das características do ambiente operacional e dos demais alvos.


Essa atividade segue o princípio da coerência visando plena harmonia entre os agentes e o ambiente operacional, assim como a regra da flexibilidade e da segurança, objetivando garantir adaptações rápidas às circunstancias inesperadas e resistência às investigações. Sendo assim, a EC (estória-cobertura) é indispensável para o planejamento do disfarce, considerando que ele deve ser compatível com o ambiente operacional, além de ter que sobreviver ao tempo e a distância de exposição dos alvos.


Dessa forma, o disfarce se trata da técnica que objetiva descaracterizar uma pessoa no que tange seus traços físicos, anormalidades corporais, marcas de expressão, deformidades, amputações, formas de se vestir, adornos, e até o modo de andar e falar. Portanto, envolve todas as particularidades que distinguem uma pessoa da outra, para assim, adotar medidas visando caracterizar o agente utilizando recursos naturais ou artificiais que dificultem sua identificação.


É importante enfatizar ainda, que é sempre recomendável o uso de recursos naturais, como por exemplo, o corte do cabelo ou a mudança do penteado; a alteração no estilo da barba ou bigode, além da troca de roupas e acessórios. Adaptações mais complexas, como perucas, cílios postiços e pelos faciais podem exigir implante ou tempo de adaptação psicológica, pois ninguém quer correr o risco de ter uma peruca voando no meio da rua por conta do vento; um salto do sapato quebrando por falta de costume ou barriga postiça caindo por causa do balanço do corpo, não é mesmo?


Sendo assim, o esmero com a descaracterização deve ser de acordo com o tempo e a distância dos alvos. Por isso, quanto mais próximo e maior o período, mais sofisticado deverá ser o disfarce. Observar o ambiente também é essencial, pois o profissional de Inteligência ou Investigador não poderá se vestir ou se comportar de forma distinta dos habitantes locais, dissimulando não só a sua fisionomia, como seus hábitos.


Aliás, há casos de infiltração onde a fase de extração envolve procedimentos de readaptação, incluindo psicoterapia. Isso pode ocorrer quando há necessidade de um longo período afastado da família e amigos, convivendo em um ambiente de cultura muito diferente, criando inclusive, laços de amizade e confiança para facilitar a obtenção de dados.


Para finalizar, sendo uma das técnicas operacionais de Inteligência mais icônicas, o disfarce exige um planejamento minucioso e profundo, incluindo treinamento e orçamento, se diferenciando da crença popular de que ele só se resume à perucas e bigodes postiços.

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