Como a análise da conjuntura interna e externa orienta as fases do plano de segurança?

Entende-se por avaliação de conjuntura, a análise dos fatores internos e externos no que tange os segmentos político, econômico, físico e psicossocial que tenham potencial direto ou indireto de afetar a empresa, sendo de suma importância no diagnóstico corporativo orientado para a definição das políticas de segurança empresarial.

Dessa forma, se faz necessário que a empresa se atente quanto a fatores regionais, nacionais e internacionais a fim de perceber forças ambientais que possam lhe causar perturbações, perdas e danos, bem como oportunidades de negócios. Como exemplo de ferramenta que visa auxiliar esse processo, temos a famigerada matriz SWOT (strengths, weaknesses, opportunities, threats) criada pelo pesquisador norte-americano, Albert Humphrey para a conclusão de cenários de viabilidade de empreendimentos.

De todo modo, em relação ao ambiente externo é fundamental que a companhia analise sua situação na perspectiva geográfica tentando identificar sobretudo abrigos e cobertas para tiroteios, além de rotas para o interior das instalações da empresa. Acidentes do terreno, bem como condições atmosféricas e climáticas predominantes também deverão ser consideradas na análise das condições físicas.

No prisma dos fatores psicossociais, é fundamental ficar de olho na vizinhança, principalmente em relação aos anseios da comunidade, seu perfil, índices de desemprego, vulnerabilidades e focos de antagonismo. A distribuição das instalações públicas, como polícia militar, bombeiros, delegacias e instituições de ensino também deverão ser consideradas.

Nesse sentido, os ambientes econômico, político e financeiro também deverão ser examinados, pois através deles a organização poderá conhecer os órgão que elaboram leis, programas, projetos e politicas econômicas de interesse e que possuem impacto direto nos objetivos da empresa, inclusive nos índices de violência e criminalidade da região que ela opera.

Não obstante, será por meio do diagnóstico interno que o gestor responsável pela análise de conjuntura tomará conhecimento dos pontos fortes e das das debilidades da companhia visando aproveitar as oportunidades do ambiente externo e minimizar ou erradicar o impacto das ameaças através da correção das fraquezas. Para isso, será necessário considerar principalmente os recursos de seguranças já disponíveis à empresa.

Por fim, após o registro das informações na matriz SWOT, é fundamental que o consultor de segurança se reúna com todos os gestores da companhia a fim de realizar um Brainstorming visando obter insights para tirar o máximo de proveito do conhecimento produzido objetivando um diagnóstico preciso que irá orientar as demais fases do planejamento der segurança.