A quem incomoda a regulamentação das mídias sociais?
- bragaluis855
- 12 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de ago.
Podendo o crime cibernético ser classificado como próprio (quando praticado contra outro dispositivo informático), ou impróprio (para delitos tradicionais executados nos meios digitais), muitas transgressões cometidas anos atrás no ambiente real, como estelionato, fraude e crimes contra a honra, hoje são praticadas no espaço virtual. Portanto, é uma inocência acreditar que as Big Tecs estão preocupadas com liberdade de expressão sendo que os crimes virtuais já estão tipificados e os meios digitais só potencializam o alcance deles.
Dessa forma, o que desagrada os provedores é ter que tornar manual parte do processo de moderação e interação com os usuários (que hoje é mal feito e automatizado), sob pena de multas. Nesse contexto, se torna incomodo para as empresas terem que aumentar seus custos com a contratação de mais trabalhadores humanos, além de terem que fazer investimentos em infraestruturas de tecnologia da informação, transparência, segurança, gestão de riscos e cyberinteligência voltados para o combate dos crimes digitais na ocasião de responsabilização direta pelos conteúdos postados em suas plataformas, uma vez que grande parte das exigências nos projetos de lei já se encontram em suas políticas e termos de uso.
Apesar disso, ainda é comum que as pessoas associem o combate à desinformação com ataques à liberdade de expressão, que não tem qualquer relação com a autorização para praticar, por exemplo, crimes contra a honra, pois desinformação se trata da divulgação INTENCIONAL de informação falsa (popularmente conhecida por Fake News) visando prejudicar alguém, não podendo ser confundida com opinião, tampouco informação errada. Assim, embora essa seja uma interpretação na ótica da atividade de Inteligência, a definição é plenamente abrangida pela teoria do dolo.
Em suma, a falta de regulação da internet só interessa aos provedores de aplicação na web que teriam custos para adotar medidas de autorregulação, bem como os cibercriminosos, os militantes e os políticos incapazes de levar uma campanha a cabo sem mentiras sobre adversários e discursos de ódio para mover as massas.




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