Plano de Inteligência e níveis de assessoramento do sistema.

Cenários prospectivos e Inteligência estratégica são atividades complementares, pois sem o método de cenários a inteligência pode ficar desorientada, e sem a Inteligência, o valor das informações produzidas pelos cenaristas pode se perder com o passar do tempo. Isso ocorre pois quanto maior for o horizonte temporal do cenário, mais suscetível à disrupção ele estará, exigindo um sistema de vigilância ambiental.

De todo modo, enquanto em nível estratégico a inteligência atualiza a alta gestão por meio do monitoramento de cenários, emitindo alertas sobre ameaças e oportunidades de interesse do órgão, em nível tático, ela atua subsidiando tomadas de decisões das diferentes diretorias da companhia; em nível operacional, apoia ações rotineiras. Entretanto, é normal que as decisões operacionais, por serem estruturadas e simples, sejam facilmente atendidas pelos sistemas de informações gerenciais.

É comum no entanto, que a atividade de Inteligência seja confundida com funções como: análise criminal, BI (busines intelligence) e Big data analytics nas empresas, bem como nos órgão de segurança pública e privada. Apesar disso, embora sejam fonte do sistema, nenhuma dessas atividades isoladas na organização podem ser consideradas inteligência, a menos que sejam incorporadas ao ciclo completo.

Sendo assim, entende-se por plano de Inteligência, o esforço voltado para o estabelecimento de uma estrutura especializada composta por recursos técnicos, organizacionais e humanos, alocados para atender as demandas informacionais especificas de uma organização em nível político, estratégico, tático e operacional. Deve contar com estratégia funcional e projeto de TI (tecnologia da informação), orientado para atender as demandas de implementação do sistema tecnológico de informações e segurança de redes que forneçam ao profissional de Inteligência, segurança e eficiência na execução de seu trabalho, além de integração com todo o organograma empresarial.