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Existe vítima da sociedade?

  • bragaluis855
  • 16 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de abr.

Já se perguntou o motivo pelo qual muitas pessoas crescem em locais dominados pelo narcotráfico, corrupção e outros crimes e não violam as leis? Isso ocorre pois para o ambiente exercer influência nas ações de um indivíduo, ele deve encontrar abertura interna, seja psicológica comportamental, cognitiva ou biomédica.


A saber:


  1. Causa biomédica: fisiológica (doença mental)

  2. Causa psicológica comportamental: aprendizagem social (condicionamento clássico e operante)

  3. Causa cognitiva: padrões de pensamento, crenças pessoais e transtornos.


O nível de cada um desses fatores dirá se a pessoa é corrigível ou não. Contudo, não existe influencia 100% ambiental (mesológica) exceto quando você transgride as normas postas por ignorância; por exemplo: viaja para outro país e comete um delito sem se atentar para a legislação local.


Nesse cenário, é comum que o termo "vítima da sociedade" seja utilizado para se referir a desvios de conduta causados por condições como: pobreza, desemprego ou subemprego. Contudo, embora essa abordagem voltada para o campo da criminologia radical seja bastante criticada tendo em vista que ela não explica a criminalidade das classes mais abastadas, tecnicamente o criminoso que se comporta de forma antissocial devido as ingerências externas é classificado como mesocriminoso preponderante.


Porém, como vimos anteriormente, até o mesocriminoso preponderante tem certo nível de desvio de caráter, mas ele é corrigível. A recuperação é mais difícil quando entramos no campo dos fatores biomédicos associados com causas mesológicas, ou seja, indivíduos que unem o pior dois dois mundos: transtornos de personalidade ligados a estímulos externos e doenças mentais. Para exemplificar, podemos citar os serial killers que matam influenciados por delírios causados por patologias.


Para concluir, algumas teorias indicam culturas, ambientes e setores econômicos que são tão degradados pelas práticas criminosas que normalizam delitos ao ponto das pessoas desconsiderarem a legislação, vide associação diferencial, sendo mais frequente nos casos de crimes de colarinho branco e em fraudes corporativas que não envolvem valores monetários. Outro fator considerado são as toxicomanias e a banalização da violência propagada pelos meios de comunicação em massa que tornam o comportamento impetuoso parte do inconsciente coletivo (Carl Jung). Sendo assim, dizer que todo criminoso é vítima da sociedade está errado, mas falar que nenhum é, também está.



 
 
 

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