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Estratégia antifraude, conheça a psicologia das fraudes empresariais e saiba como se proteger.

  • bragaluis855
  • 27 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de abr.

Existem dois tipos de fraudadores, os patológicos e os acidentais. Os patológicos podem ser portadores de doenças e transtornos mentais, tal como o transtorno de personalidade antissocial, popularmente conhecido como psicopatia, além de contarem com alto grau de proficiência e habilidades para a pratica e ocultação de fraudes. No entanto, os acidentais podem ser qualquer indivíduo movido pelas pressões e oportunidades do mundo corporativo, sendo o tipo de fraudador mais comum. Dessa forma, ninguém está acima de qualquer suspeita, e o triangulo das fraudes vem como alternativa ao famigerado triangulo do crime, permitindo que o analista de riscos avalie e ajuste os processos de uma organização levando em consideração os seguintes fatores:


  1. Pressão: pressão para o atingimento de metas financeiras ou de vendas, bem como outras causas similares, como a busca pela satisfação do cliente a qualquer custo.

  2. Oportunidade: processos e controles vulneráveis; ausência de programas de conformidade, riscos e governança corporativa.

  3. Racionalização: anteparos psicológicos que permitam qualquer pessoa justificar um comportamento socialmente reprovável, como por exemplo, o autoengano, assim como a degradação do ambiente e a distância psicológica da ação, que viabilizem ilicitudes alicerçadas em uma imagem de desorganização e ausência de valores monetários, que são comuns em casos de favores, conflitos de interesses, violações às diretrizes das agências reguladoras e descumprimento de códigos de ética e conduta corporativos.


Mas então, se a segurança nos processos de recrutamento e seleção não é capaz de evitar que a empresa contrate um fraudador em potencial, como abordar o risco de fraude? A solução está do desenvolvimento de controles baseados nos pilares da dissuasão, acompanhe:


  1. Prevenção: estruturação de departamentos de compliance e políticas de conformidade, recursos humanos e gestão de riscos que fomentem uma cultura ética na empresa.

  2. Detecção: auditoria interna, canais de denúncia e demais meios, inclusive tecnológicos, que facilitem a identificação de fraudes e erros.

  3. Correção: transparência, investigação e punição que façam com que o colaborador pense pelo menos duas vezes antes de cometer um ilícito por medo de sanções.


Sendo assim, as pressões para o atingimento das metas, associadas com processos vulneráveis e ausência de programas de conformidade, riscos e governança, permitem que qualquer funcionário cometa uma fraude se valendo de anteparos psicológicos que justifiquem desvios de conduta. Dessa forma, os procedimentos de recrutamento e seleção não serão capazes de evitar fraudes e erros na empresa, e o gestor de riscos deverá contar com métodos de análise que considerem os fatores de pressão, bem como as oportunidades causadas por controles inadequados e as possíveis formas de racionalização de ilicitudes. Isso permitirá a elaboração de controles baseados nos pilares da estratégia antifraude, compostos pela prevenção, detecção e correção.



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