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Crença de anonimato e os perigos da exposição na web: caso Marielle Franco

  • bragaluis855
  • 19 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de mar.

Minhas ultimas postagens envolvendo OSINT (open source intelligence) e Web Intelligence tiveram como público alvo, pessoas comuns curiosas sobre a vida online do "crush", não criminosos interessados em pegadas virtuais visando planejar um homicídio ou escanear as vulnerabilidades de um site. Isso traz à mente o caso Marielle Franco, onde seus algozes utilizaram jammers, misturadores de frequência, bem como ferramentas de inteligência de fontes abertas visando reunir dados, como o Google Maps, sendo posteriormente identificados pelas autoridades policiais por meio de uma quebra de sigilo do Google.


Na época que o caso veio à tona, me questionei sobre como poderiam ter cometido uma falha daquelas considerando o envolvimento de ambos com prestigiado batalhão de forças especiais da polícia militar, o BOPE, pois se por um lado empregaram ferramentas típicas de contravigilância ambiental, por outro não se preocuparam em definir um responsável por criar um ambiente computacional minimamente seguro. Ferramentas de gestão como o 5W2H permitiriam não apenas a boa alocação dos meios, como também a definição das responsabilidades.


Me aprofundando um pouco mais sobre o tema visando entender a causa de tamanha negligencia, concluí que psicopatas possuem necessidade de excitação (apreciam o perigo), e pouco controle dos impulsos, colocando eles próprios e os demais em risco. Em outras palavras, gostam de brincar de gato e rato com a polícia, deixando muitas vezes brechas pelo desejo inconsciente de serem descobertos.


Destarte, para quem seria alvo de buscas e apreensões demandadas por investigações criminais no futuro, maquinas virtuais, VPNs, proxy, criptografia, Tails (distribuição linux voltada para o anonimato), ou qualquer recurso de privacidade e segurança, fariam pouca diferença, considerando que o Estado pode oficializar provedores, bem como empregar ferramentas forenses de ponta. Sendo possível inclusive localizar ou identificar o alvo de uma diligencia por meio da triangulação das estações rádio base (ERBs) através de ordem judicial, como ocorreu no caso citado.


Dado o exposto, na perspectiva dos criminosos, quais são as lições do caso Marielle Franco: segurança é igual roupa, não pode ser grande demais para atrapalhar sua locomoção nem muito curta para te constranger, deve ser na medida, de acordo com seus objetivos, bem como as ameaças atuais e futuras, pressupondo suas capacidades. Na ótica da vítima, é imperioso considerar os dados disponíveis na internet na hora de realizar qualquer planejamento visando sua segurança.



 
 
 

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