Como a segurança privada pode interferir nos fatores externos ao negócio?

Até que ponto as variáveis externas são incontroláveis para a segurança privada? De fato que o vigilante não tem autorização legal para agir ativamente, seja estourando uma boca de fumo, investigando ou desmantelando uma organização criminosa, mas será mesmo que a empresa não pode atuar para influenciar outros segmentos da conjuntura visando promover a segurança dos arredores, garantindo a sustentabilidade financeira do empreendimento que sofre com o crescimento dos índices de criminalidade? A resposta é simples: não apenas pode, como DEVE exercer papel central como agente de mudanças, incentivando ações políticas e sociais positivas.

Destarte, a integração entre a segurança pública e a privada pode ir muito além do compartilhamento de dados de Inteligência quando as corporações se comprometem com a fomentação da cidadania. Isso é possível sobretudo através da responsabilidade social, onde a segurança empresarial deve ser capaz de interferir nos fatores externos ao negócio, considerando que é inadmissível ter que esperar pela atuação ativa do poder público visando evitar a degeneração do tecido social, que teria impacto negativo direto na criminalidade.

Desse modo, como exemplo de ingerência privada nos indicadores de violência, está o apoio às forças policiais e a participação nos conselhos de segurança comunitária. Ademais, outro instrumento indicado é a colaboração com ONGs voltadas para as causas coletivas, bem como o patrocínio de eventos esportivos, culturais e educacionais que estimulem boas condutas, incluindo outras iniciativas inovadoras. Assim, a responsabilidade social se torna uma eficiente ferramenta de intervenção em fatores até então incontroláveis no entendimento de muitos gestores. Saiba mais sobre o efeito que a sensação de segurança exerce sobre uma empresa: Sensação de segurança e a sua importância para o negócio.