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A situação da Segurança Pública no Brasil é o resultado de falhas anteriores.

  • bragaluis855
  • 15 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de mar.

No passado o ambiente social e econômico era mais estável, sendo possível basear decisões em projeções econométricas para o estabelecimento de metas rígidas. Entretanto, a globalização tornou as tendências pouco confiáveis e as condicionantes para o futuro, dependentes não apenas das ações planejadas no presente, mas das estratégias que os atores externos relevantes adotam para alcançar seus próprios objetivos, muitas vezes antagônicos aos nossos. Dessa forma, o planejamento estratégico situacional (PES), veio como ferramenta de planejamento e diagnóstico de ambientes não determinísticos, permitindo a viabilização de opções estratégicas mais flexíveis que considerem a ação de opositores no planejamento e gestão de políticas públicas de segurança. Isso permite a formulação de estratégias que visem a desmobilização de resistências e angariamento de apoio para a facilitação de projetos, afinal, ninguém quer remar contra o vento em um campo tão sensível.


Portanto, aplicar Inteligência estratégica em segurança exige diagnóstico de conjuntura para o estabelecimento de concepções políticas que alterem a realidade de determinada região objetivando a construção dos cenários que desejamos no longo prazo, indo além das atribuições dos órgão de segurança pública por meio de políticas focadas na raiz dos problemas sociais. Isso pode incluir, por exemplo, criação ou alteração de legislações voltadas para atrair grandes empresas, bem como a construção de infraestruturas que promovam melhores meios de diversidade urbana, evitando uma decadência econômica propícia para a proliferação da criminalidade.


Exemplificando, como ferramenta de diagnóstico voltada para a construção de estratégias de policiamento 2.0 orientado para a solução de problemas (POSP), temos o método IARA (identificação, análise, resposta e avaliação), onde se busca tratar com antecipação a raiz das mazelas sociais. Contudo, tudo isso requer monitoramento continuo e informação útil, permitindo que a estratégia seja constantemente revista e alterada considerando a instabilidade do ambiente atual, tornando a atividade de Inteligência protagonista desse processo.


Em suma, a principal causa dos problemas de segurança pública no Brasil não é a falta de "Inteligência", mas o resultado de anos de políticas públicas ruins que permitiram a evolução da criminalidade nos dias de hoje de modo que o confronto constante com a polícia seja inevitável, vitimando muitas vezes, o cidadão. Precisamos de planejamento a longo prazo efetivo que não seja descontinuado com transições de governo.



 
 
 

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